As vendas de aços planos em outubro fecharam em 293,4 mil toneladas com resultado positivo de crescimento na casa dos 0,6% em relação às 291,5 mil toneladas do mês passado. Se formos considerar a relação com outubro do ano passado as vendas foram 21,1% menores, uma vez que naquele mês – que foi um dos recordes de vendas da rede – foram vendidas 371,1 mil toneladas. Foram dados informados pelo Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço – Inda relativas ao mês de outubro.

As compras registraram alta de 3,5% em relação a setembro, com volume total de 286,3 mil toneladas contra 276,6 mil. Se compararmos com outubro do ano passado quando foram registradas entradas nos estoques de 346,5 mil ton. a queda registrada foi de 17,4%. Cabe esclarecer que naquele mês havia uma retomada pós pandemia e muita queixa no mercado por falta do produto e as distribuidoras revendo tudo que era possível para reconstrução de seus estoques.

Evolução das Vendas – Últimos 12 meses

Com esse movimento os estoques da rede registraram no último dia do mês de outubro em números absolutos uma queda de 0,8% em relação ao mês anterior, atingindo o montante de 826,2 mil toneladas contra 833,2 mil daquele mês. O giro de estoque fechou em 2,8 meses de vendas.

Nas importações a maior queda registrada no mês com recuo de 31,5% em relação ao mês anterior, com volume total de 114,7 mil toneladas contra 167,3 mil. Comparando-se ao mesmo mês do ano anterior (67 mil ton.), as importações registraram alta de 71,2%.

Importação total de Aços Planos (1)

Carlos Loureiro, presidente executivo do Inda, disse que tem notícias que há um gigantesco estoque de aços armazenado nos portos, (este número é sigiloso mas ele estima entre 150 a 400 mil toneladas) mas tendo em vista que tal material foi comprado com preços acima do que está sendo praticado no mercado atualmente, os importadores estão reservando para desovarem em um momento mais apropriado, ou colocá-lo lentamente visando diminuir os prejuízos. Não se pode esquecer que uma vez nos portos, há custos de armazenagem e o custo da internação dos produtos que certamente influenciam nas decisões.

Quanto a questão de preços ele apresentou um quadro mostrando que no exterior os preços começam a cair, mostrando que entre o mês passado e este a bobina à quente nos EUA recuou US$ 71 a tonelada e na Europa o preço caiu em R$61 a tonelada. Aqui no Brasil tem notícias de que as usinas estão fazendo algumas concessões que giram de 5 a 10%.  Entretanto ele não acredita que possa haver alguma queda de preços mais acentuada.

Fonte: Inda