Ao completar seu 50º aniversário, a catarinense Tuper, modelo internacional de eficiência empresarial, celebra seu sucesso contínuo e renova suas excelentes expectativas e o seu compromisso com o futuro.

Marcus Frediani

Considerada uma das maiores transformadoras de aço da América Latina, a Tuper completou, em 2021, os 50 anos de sua produtiva trajetória. A conquista de cinco décadas de atividades foi recentemente comemorada em grande estilo – mas, naturalmente, respeitando todos os protocolos de segurança da COVID-19 – nas dependências de sua maior fábrica de tubos, em São Bento do Sul/SC, com a participação de 150 convidados, entre diretores, gerentes, supervisores e autoridades da região, somados aos sócios-fundadores da companhia e suas respectivas famílias.

E, no evento, a Tuper reservou uma surpresa aos convidados do evento, para fechar com chave de ouro a série de ações que marcaram o cinquentenário, entre as quais a modernização da marca e um amplo trabalho interno para a materialização do propósito da organização, sintetizado na frase “Inspirar pessoas a criar soluções surpreendentes”: o lançamento de um livro contando a trajetória da empresa. Publicada pela Editora Expressão, a obra foi escrita e editada pelo jornalista e historiador Maurício Oliveira, que trabalhou ao longo de um ano em estreita parceria com a área de marketing da Tuper. Além das pesquisas em fontes históricas, a construção da narrativa incluiu a realização de 29 entrevistas com funcionários, ex-funcionários, sócios-fundadores, familiares e outras pessoas ligadas à empresa. A obra, de 120 páginas, contém imagens que ilustram toda a trajetória da empresa, da fundação até os dias atuais.

“O livro é o registro de cada etapa que a empresa viveu até chegar aqui”, conta o presidente e CEO da Tuper, Frank Bollmann. “O perfil da obra fica claro logo nas primeiras páginas, quando há a comparação entre as imagens aéreas das instalações da empresa no início dos anos 1970 e hoje. E a legenda das imagens traduz a sensação de todos que vivem o cotidiano da nossa companhia: ‘Um sonho que virou realidade, uma semente que frutificou’”, complementa, com justificável orgulho.

REINVESTIMENTO CONSTANTE
Na verdade, a trajetória da Família Bollmann e da própria cidade de São Bento do Sul se confundem e estão integradas ao longo de pelo menos os últimos 100 anos, quando o avô de Frank fundou a primeira fábrica moveleira naquele município catarinense, abrindo oportunidade da abertura de várias outras, que, juntas, chegaram a transformar o município, por um longo período, no maior polo exportador de móveis do país.

“Ele foi um empreendedor pioneiro, uma cabeça espetacular, um mecânico fora de série, que inspirou os irmãos dele a inaugurarem a primeira farmácia, a primeira tipografia e o primeiro jornal de São Bento do Sul. Então, os Bollmanns têm uma tradição muito antiga e extensa por aqui, inclusive na política, que deu à cidade cinco prefeitos, além de administradores em outras esferas públicas, sempre preocupados com o bem-estar da população e o desenvolvimento econômico e social da região. E, no início dos anos 1970, quando eu era um estudante de Engenharia Mecânica, eles se juntaram para fundar a Tuper em uma cidade que, à época, sequer havia chegado a 20 mil habitantes”, relembra o presidente e CEO da Tuper.

Fabricar escapamentos de veículos foi a alternativa inicial imaginada por esse grupo de jovens empreendedores para diversificar a economia de São Bento do Sul, como já foi dito até então fortemente dependente da indústria de móveis. E a evolução a partir daí só foi possível por conta dos investimentos e de reinvestimentos constantes dos lucros em inovação, na diversificação de segmentos de atuação e na formação dos colaboradores, três dos principais pilares da Tuper. A maioria dos líderes é composta por profissionais que fizeram carreira internamente na companhia, resultado de um ambiente propício ao crescimento pessoal e profissional.

“Foram 50 anos de muita luta, para que nos tornássemos hoje – e digo isso sem medo de errar – a primeira e maior transformadora de aço do Brasil, e uma das maiores em toda a América Latina, uma vez que todo o material que entra na Tuper é industrializado. Ou seja, não somos revendedores: nós processamos e agregamos valor ao aço”, faz questão de enfatizar o empresário.

Mas claro, nem tudo foram flores ao longo dessa trajetória. Momentos críticos e grandes desafios ao longo do caminho também tiveram que ser enfrentados com muita garra e resiliência pela companhia. Um deles foi a dificuldade inicial para obter tubos de aço, o que levou a Tuper a iniciar fabricação própria deste produto. Outro momento delicado, mais recente, foi a aposta no setor de óleo e gás, com o investimento de R$ 198 milhões em uma moderna unidade industrial inaugurada em 2012, justamente no período em que a demanda cairia por conta das denúncias de corrupção envolvendo a Petrobras.

“Infelizmente, os planos da Petrobras não foram avante. Contudo, o investimento da Tuper, de maneira alguma, se perdeu. Continuamos firmes e fortes na operação dessa unidade, e fomos por muito tempo – e, acredito, continuamos sendo – o maior exportador de tubos API do Brasil. Temos uma parceria muito grande com os Estados Unidos, onde os operadores dão muito valor à qualidade e ao serviço como um todo. O nosso tubo, como eu sempre costumo dizer, pode ter igual, mas melhor não tem”, pontua Frank. “Complementarmente, uma nova e produtiva fase da organização foi iniciada em 2016, com a chegada da ArcelorMittal à composição acionária da Tuper. A parceria entre o líder mundial na produção de aço e uma grande consumidora dessa matéria-prima trouxe vantagens competitivas para ambas as partes”, acrescenta o empreendedor.

RESULTADOS FANTÁSTICOS
A trajetória da Tuper é marcada por determinação, pela ousadia para criar soluções inovadoras e, ainda, pelo compromisso de sempre oferecer produtos de excelência para todos os segmentos de mercado em que atua, consolidando sua posição de destaque graças à solidez na construção dos negócios e a uma ampla visão do futuro. E o sucesso planejado e contínuo da empresa se revela de maneira cristalina a partir da simples constatação da magnitude da estrutura e dos números reais apresentados atualmente pela empresa. Hoje, ela conta com um dos mais avançados conjuntos tecnológicos para a formação de tubos de aço, com oito unidades de negócios em três plantas industriais com capacidade de processamento de 826 mil toneladas de aço/ano, além de 23 centros de distribuição ao longo de todo o Brasil, número que vai crescer com a futura inauguração do CD de Manaus. Além de atuar no setor automotivo, original e de reposição, ela atende também a outros setores, como a indústria, a construção civil, o agronegócio e segmento de óleo e gás.

Atualmente, o amplo portfólio da Tuper integra tubos de aço-carbono pretos e galvanizados para aplicações industriais, estruturais e de condução, tubos trefilados, tubos para troca térmica, tubos API para o mercado de óleo e gás, eletrodutos galvanizados, estacas tubulares para fundações com conexão rápida, perfis estruturais metálicos, peças e componentes automotivos, sistemas de exaustão para veículos originais, escapamentos automotivos para o mercado de reposição, sistemas de coberturas metálicas, lajes mistas nervuradas, andaimes, escoras metálicas, chapas de aço, slitters e EPS para aplicação na construção civil.

E isso tudo sem jamais deixar de lado o seu compromisso com a sustentabilidade e com a responsabilidade, que são pontos de extrema importância no desenvolvimento de suas ações. A companhia apoia iniciativas que visam ao desenvolvimento social e econômico, bem como à melhoria constante da qualidade de vida em suas áreas de influência. Na área ambiental, é orientada por um sistema de gestão certificado pela ISO 14001, além de manter práticas que garantem a preservação e valorização dos recursos naturais.

Hoje, com um quadro funcional composto por 2.000 colaboradores, a Tuper fechará o ano do cinquentenário com uma série de recordes. A estimativa é alcançar um faturamento de R$ 3 bilhões, impulsionado por uma elevação do faturamento de 130% em 2021 sobre o ano anterior; pelo volume de vendas, em toneladas, 34,6% superior ao de 2020; e, no que diz respeito às exportações, pelo acréscimo projetado que chega a 158,6%. Cifras fantásticas que ainda foram turbinadas pelos investimentos realizados em 2021, R$ 20 milhões, foram 165% superiores aos de 2020, implementados mesmo em tempos complicados de pandemia.

AQUI NÃO TEM TEMPO RUIM!
E as perspectivas da Tuper para 2022, tanto no que diz respeito aos seus negócios quanto no que tange à economia brasileira são muito positivas. Parafraseando o entendimento de Paulo Herrmann, atual presidente da John Deere Brasil, Frank Bollmann afirma que o Brasil precisa ver menos televisão, ler menos jornal e acreditar muito mais na nossa vocação, competência, capacidade, honestidade para fazer as coisas acontecerem.

“Tudo que se apregoa, que se fala em termos de projetos futuros, especialmente na política, tem aquele viés pessimista, que não condiz com a realidade. Então, enquanto tudo que se vê na Imprensa insiste em apontar que o ano que vem será ruim, eu refuto veementemente: 2022 será bom! Aqui na Tuper vamos aumentar nosso orçamento em quase 10%, o que, acredito que ainda será pouco. Se internamente nossas oportunidades podem não ser o melhor que se espera, temos um mercado fantástico lá fora. Somos o líder das exportações na América do Sul em tubos e perfis. Exportamos para o Uruguai, Chile, Argentina, Bolívia, Paraguai… Mais ao norte fica inviável pela questão logística, mas, como disse aí atrás, exportamos para os Estados Unidos, que é o nosso maior comprador. Então, como eu sempre falo, ‘Xô, pessimismo!” E é exatamente por isso, acredito, que a gente sempre se saiu e continua se saindo bem”, enfatiza Frank, reforçando seu discurso com o relato das boas expectativas em 2022 para dois dos setores-chave do atendimento da Tuper, o de agronegócio e o da construção civil.

“E embora o outro setor que completa nossa tríade de clientes principais, o do automobilismo, ainda continue a apresentar problemas, em função da falta de componentes, também deve superar tal dificuldade ao longo do ano que vem, e voltar com força total, abrindo um leque virtuoso de boas oportunidades. Então, para todo lado que olhamos, enxergamos crescimento. Então, aqui não tem tempo ruim, não!”, finaliza o presidente e CEO da Tuper, com um grande sorriso.