Fevereiro foi o mês de bons números para a indústria automotiva. Conforme dados divulgados pela Anfavea, entidade que reúne os montadores de veículos no Brasil, mesmo considerando um mês com menos dias úteis e ainda com resquícios da cepa Ômicron da Covid o crescimento de 14,1% na produção de veículos automotores mostrou uma boa recuperação do setor.
Considerando o primeiro bimestre do ano houve um recuo de 21,7% em relação ao mesmo bimestre do ano passado. O presidente da entidade explicou que naquele ano não havia ainda se instalada a crise de abastecimento de semicondutores e nem mesmo a variante tão contagiosa da covid-19 tinha afastado tantos funcionários da linha de montagem.
Os licenciamentos em fevereiro totalizaram 129,3 mil autoveículos, 2,2% a mais que em janeiro e 22,8% a menos que em fevereiro do ano passado. Para essa situação e segundo Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea “As notícias de que o IPI automotivo estava prestes a ser reduzido fizeram com que muitos clientes adiassem a concretização do negócio” e ainda “Esperamos uma boa reação do mercado em março, um mês mais longo, sem feriados, com vários modelos com preços reduzidos nas lojas e historicamente mais aquecido que janeiro e fevereiro”.
Mas o melhor e excelente resultado surgiu das exportações que cresceram no mês nada menos do que 49,6% em relação a janeiro e 25,4% superior a fevereiro de 2021. No acumulado do bimestre, os embarques também cresceram 17,3% sobre igual período do ano passado. Segundo o presidente houve um esforço das empresas para cumprir contratos atrasados por conta da pandemia e das quebras na cadeia logística de suprimentos.
Outra ótima notícia e comemorada pelo setor é que, conforme já noticiamos, o Presidente da República Jair Bolsonaro, assinou no final do mês de fevereiro o decreto reduzindo o IPI para uma série de bens dentre os quais os veículos.
Para o setor automotivo a redução de IPI, ficou na casa dos 18,5%. Neste caso Moraes comentou “É sempre muito bem-vinda qualquer proposta que alivie a pesada carga tributária sobre a indústria de transformação no Brasil. A redução do Custo Brasil, embora ainda tímida, é benéfica não só para o setor industrial, mas também para a geração de empregos, para os consumidores e para a sociedade como um todo”.
USAR O GRÁFICO 6/17 – EXPORTAÇÕES E SE TIVER ESPAÇO O 12/17 – IMPACTO POTENCIAL