Os efeitos da guerra em Portugal
Na semana passada, mais precisamente em 11 de maio, apresentamos em nosso portal Siderurgia Brasil uma notícia: “Imposto de importação do aço é tema de discussão” em que relatamos uma reunião extraordinária acontecida entre o Instituto Aço Brasil e membros da equipe econômica do Ministério da Economia, pois estava para ser determinada a redução do imposto de importação para vários produtos, dentre os quais alguns tipos de vergalhões, com o intuito de frear ou reduzir a velocidade da inflação no Brasil. A alegação dos dirigentes da Aço Brasil, é que a construção civil está plenamente abastecida no Brasil e os preços de nossos produtos são os menores se comparados com vários países do mundo.
Mesmo assim a medida foi levada a cabo e o imposto de importação que era de 10,8% caiu para 4% até o final deste ano de 2022, o que a diretoria do Aço Brasil achou equivocada lançando em seguida uma comunicação oficial a respeito. (Veja toda a tramitação do processo na matéria especial que apresentaremos na edição de maio da nossa Revista Siderurgia Brasil-Digital)
Em favor das alegações do Aço Brasil e de acordo com Márcio Inverneiro dono da Construtora Inversil, uma das maiores construtoras do norte de Portugal, os efeitos da guerra, em Portugal, já se mostram gravíssimos. O empresário português falou sobre o grande aumento no preço dos materiais de construção, no país, desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia. O país tem sido afetado economicamente de modo que as pessoas já não podem manter o mesmo padrão de vida.
Márcio relatou que em apenas duas semanas a tonelada de ferro aumentou cerca de 450 euros. As madeiras aumentaram cerca de 40% e as cerâmicas tiveram um aumento que corresponde até a 30% do valor que era comercializada antes do início do confronto. “As prateleiras dos mercados estão ficando vazias, pois as pessoas estão estocando comida por causa do aumento constante dos preços. Além disso, o combustível da passa de dois euros, em algumas regiões do país, o que daria mais de R$ 11, o litro”, disse.
Para Márcio, a situação do Brasil pode ser considerada como confortável se comparada com a de Portugal. Especialmente no que se diz ao setor da construção, os aumentos já chegam até 40% em apenas 15 dias e o cenário é de que ainda possa piorar ao longo dos próximos dias.
Fonte: MF Press Global Gestão geral – Assessoria de imprensa