No último dia 18 de maio a diretora de Comunicação e Relações Institucionais do Aço Brasil, Débora Oliveira, apresentou os dados estatísticos do setor no qual soubemos que após dois meses de forte elevação, os dados relativos a abril, não foram os esperados. As vendas internas em abril de 2022 tiveram decréscimo de 4,9% frente ao verificado em março de 2022, atingindo 1,8 milhão de toneladas.
O consumo aparente de produtos siderúrgicos no mês de março foi de 2 milhões de toneladas, 5,3% abaixo do verificado em março de 2022.
E a produção em abril, de aço bruto foi de 2,9 milhões de toneladas, representando queda de 2,2% frente ao apurado no mês de março de 2022.
Na mesma coletiva o Aço Brasil divulgou também o Índice de Confiança da Indústria do Aço (ICIA) de maio/22, que apresenta decréscimo de 12,8 pontos frente ao mês anterior, atingindo 46,7 pontos. A queda do ICIA reverteu a sequência de quatro meses seguidos de alta e voltou a situar-se abaixo da linha divisória de 50 pontos”.
Já considerando o período de janeiro a abril houve uma queda de 1,5%
A produção brasileira de aço bruto foi de 11,6 milhões de toneladas no acumulado de janeiro a abril de 2022, o que representa uma queda de 1,5% frente ao mesmo período do ano anterior. A produção de laminados no mesmo período foi de 8,1 milhões de toneladas, com redução de 5,9% em relação ao registrado no mesmo acumulado de 2021. A produção de semiacabados para vendas totalizou 2,9 milhões de toneladas de janeiro a abril de 2022, um acréscimo de 15,6% na mesma base de comparação¹.
As vendas internas foram de 6,6 milhões de toneladas de janeiro a abril de 2022, o que representa uma retração de 15% quando comparada com o apurado em igual período do ano anterior.
O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos foi de 7,7 milhões de toneladas no acumulado até abril de 2022. Este resultado representa uma queda de 14,2% frente ao registrado no mesmo período de 2021.
As importações alcançaram 1,1 milhão toneladas no acumulado até abril de 2022, uma redução de 25,2% frente ao mesmo período do ano anterior. Em valor, as importações atingiram US$ 1,5 bilhão e avançaram 17,7% no mesmo período de comparação.
As exportações³ de janeiro a abril de 2022 atingiram 4,7 milhões de toneladas, ou US$ 3,8 bilhões. Esses valores representam, respectivamente, aumento de 32,7% e 58,3% na comparação com o mesmo período de 2021.
E se considerarmos isoladamente o mês de abril de 2022
Em abril de 2022 a produção brasileira de aço bruto foi de 2,9 milhões de toneladas, uma queda de 3,8% frente ao apurado no mesmo mês de 2021. Já a produção de laminados foi de 2 milhões de toneladas, 9,6% inferior à registrada em abril de 2021. A produção de semiacabados para vendas foi de 822 mil toneladas, um aumento de 28,4% em relação ao ocorrido no mesmo mês de 2021¹.
As vendas internas recuaram 8,6% frente ao apurado em abril de 2021 e atingiram 1,8 milhão de toneladas. O consumo aparente de produtos siderúrgicos foi de 2 milhões de toneladas, 10,4% inferior ao apurado no mesmo período de 2021.
As exportações² de abril foram de 1,2 milhão de toneladas, ou US$ 948 milhões, o que resultou em aumento de 43% e 44,5%, respectivamente, na comparação com o ocorrido no mesmo mês de 2021.
As importações de abril de 2022 foram de 223 mil toneladas e US$ 351 milhões, uma queda de 37,4% em quantum e aumento de 2,3% em valor na comparação com o registrado em abril de 2021.
(1). Devido a uma perda que ocorre durante o processo produtivo do aço, a soma da produção de laminados e semiacabados para vendas não equivale ao total da produção de aço bruto.
(2). Nos dados de abril/22, foram registrados volumes de exportações através de operações com embarque antecipado, que geralmente registram volumes acima do exportado efetivamente. A correção dessas exportações, possivelmente, ocorrerá nas próximas divulgações dos dados do Comex.
(3). Em abril /22, o Ministério da Economia revisou as informações de exportações de Janeiro/22 a março/22 divulgadas através do Portal Comex. Portanto, o Aço Brasil atualizou os dados de exportações siderúrgicas relativos aos meses de janeiro/22 a março/22 que traz impactos nos volumes exportados do acumulado do ano.