Segundo o presidente executivo do Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, o desempenho da indústria siderúrgica no primeiro semestre de 2022, foi positivo. Houve um crescimento nas vendas internas atingindo 4,9 milhões de toneladas no primeiro trimestre, frente ao anterior, e uma variação de 9,8% no segundo trimestre que atingiu vendas de 5,4 milhões de toneladas, totalizando 10,3 milhões de toneladas no primeiro semestre.
Houve também uma relativa estabilidade do consumo aparente no primeiro trimestre (-0,1% frente ao anterior, para 5,7 milhões de toneladas) e foi influenciada pela queda das importações de 24,9% no mesmo período, para 837 mil toneladas. Entretanto, no segundo trimestre, o consumo aparente cresceu 6,1% em relação ao primeiro (para 6,1 milhões de toneladas), resultado de um maior impulso das vendas internas e menor retração das importações (-16,9%, para 695 mil toneladas).
No primeiro semestre a produção de aço bruto atingiu 17,4 milhões de toneladas, com uma pequena queda de 2,8% em relação ao mesmo período de 2021. Nesse mesmo período, as exportações atingiram 6,6 milhões de toneladas, um aumento de 27,6% em relação ao primeiro semestre de 2021.
Marco Polo alertou para a comparação com 2021. Disse ele “A comparação com a alta base de 2021 pode induzir a interpretações equivocadas quanto ao desempenho da indústria do aço em 2022, uma vez que o ano de 2021 se caracterizou pela forte retomada da demanda, tendo em vista a recomposição de estoques e até mesmo pela formação de estoques defensivos de alguns segmentos devido a aceleração dos preços internacionais das commodities,”. O Instituto Aço Brasil está revisando suas previsões para o ano de 2022.
Quanto a novos investimentos Marco Polo ressaltou que a indústria brasileira do aço está investindo, neste ano, R$ 11,9 bilhões, e até 2026 serão R$ 40,6 bilhões. Perguntado sobre para onde serão direcionados estes investimentos ele respondeu que um dos grandes desafios da indústria nacional, não só a siderúrgica é atingir os marcos estabelecidos na Convenção de Paris, sobre as condições climáticas. Há etapas a serem cumpridas e a indústria siderúrgica nacional vem trabalhando muito firme no atingimento das metas propostas com vistas a descarbonização total da indústria até o ano de 2050, como prega a Convenção.
