Finalizando o primeiro dia de debates o presidente do IABR que se despede do cargo neste Congresso, Marcos Faraco, presidiu o painel onde tratou de problemas econômicos e estratégias do setor para melhorar seu desempenho.
Foram convidados como debatedores o Almirante Flávio Rocha, Secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Alexandre Ywata, Secretário Especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Infra-Estrutura, Daniella Marques Consentino, Presidente da Caixa Econômica Federal e Armando Monteiro Conselheiro Emérito da CNI.
No início dos trabalhos, Faraco fez uma breve explanação apoiado em gráficos em que demostrou que o consumo brasileiro de aço ainda permanece na casa dos 120 kilos/ano/habitante apurados em 2021, o que é muito parecido com os 100 quilos apurados há cerca de dez anos. Somente os 20% de crescimento nestes últimos dez anos são muito pouco para que a indústria siderúrgica necessita para alcançar um desempenho sustentável. Disse ainda que a siderúrgica nacional está preparada mas o que falta é demanda interna.
O Almirante Flávio, explicou brevemente o papel de análise de estratégias que sua secretaria especial faz desde a época do regime militar e as projeções para o Brasil, para os próximos 30 ou 50 anos neste momento são muito auspiciosas. Explicou que que infelizmente com a pandemia que afetou todo o mundo, grande parte dos planos de desenvolvimento traçados pelo governo, tiveram de sofrer alterações, por conta das circunstâncias, mas muita coisa foi feita. Citou algumas obras públicas concluídas, as privatizações os leilões realizados e alguns outros feitos.
Disse que para os planos atuais e futuros o aço entra em mais de 50% do desenvolvimento. Somente o marco do saneamento que foi aprovado e que está em execução já é uma amostra de como o Brasil pretende investir na infraestrutura com a grande utilização do aço. Enumerou algumas das obras desenvolvidas e concluídas pelo Ministro Tarciso, que esteve no Congresso na parte da manhã e disse que isso é o só o inicio de todo o desenvolvimento programado.
Já Alexandre Ywata, relatou acerca dos projetos no campo da energia. Mencionou que o Brasil é o pais que está melhor posicionado na geração de energia limpa e que há inúmeros projetos já aprovados em fase de financiamento a serem iniciados. Em seguida a presidente da Caixa Econômica, Daniela Marquês disse que o Brasil está se transformando em um imenso canteiro de obras. Segundo ela já existe 1 trilhão de reais contratados no programa PPP – Parceria Público Privada, para os próximos dez anos, para a construção civil. Neste ano já foram aprovados cerca de 53 grandes projetos com o aporte de 19 bilhões e vários outros estão em analise. No seu entender o caminho para aumentar o consumo do aço é o que está sendo trilhado pelo atual governo, ou seja, a taxa de desemprego já está abaixo de 9% da população economicamente ativa. Este número era projetado para ser alcançado só no inicio do próximo ano. Com mais gente empregada, gerando renda e fazendo a economia circular, todos os vetores se movimentam em prol do crescimento.
Finalizando Armando Monteiro, disse que no seu entendimento está faltando esforços mais concentrados na “reindustrialização” do Brasil. Segundo ele a indústria já foi responsável por cerca de 24% do PIB do Brasil e atualmente está na casa dos 10%. Cobrou também do Almirante, planos para que o Brasil aumente os esforços para aumento da produtividade na indústria, através de mão de obra mais qualificada, uma vez que entramos na área de tecnologia e sem isso não alcançaremos os níveis mundiais de desenvolvimento. A melhora do ensino e os investimento no desenvolvimento deste tipo de programa serão fundamentais para nosso futuro.