Segundo dados divulgados pela ABIMAQ, entidade que reúne os produtores de máquinas e equipamentos, o setor apresentou no mês de julho, retração nas suas receitas líquidas de vendas. A desaceleração foi percebida tanto em relação ao mês anterior, (-3.5%) assim como em relação ao mesmo mês no ano passado (-4,5%).
Com este resultado o acumulado do ano mostra uma queda em relação ao ano passado de 4,3% que, no entanto, é melhor do que a registrada no mês anterior. Em uma análise mais criteriosa a informação é de que houve piora na venda de bens de capital de uso industrial, mas os setores da construção civil e do agronegócio permaneceram com bom desempenho.
Continua em alta as exportações do setor. Mesmo com vendas menores em 3% se comparadas com o mês de julho, foi mantido o nível de vendas para o mercado externo, acima daquele observado no ano passado. (US$1 bilhão). Em relação a julho do ano anterior houve um significativo crescimento de 20,8% com US$ 831 milhões embarcados.
Neste ano de 2022, o setor de maquinas já exportou US$ 6.6 bilhões que representa crescimento de 28,2%, considerando o mesmo período de 2021. Nota-se que com a ligeira retração no mercado interno, as exportações já significam 20% das vendas do setor. Ao considerarmos o crescimento das unidades físicas, chegamos ao crescimento de 13.1%.
Observando-se analiticamente o destino das exportações percebe-se que houve incremento para todos os continentes sendo que para a América Sul o crescimento em relação ao ano anterior já alcança 46,6% e nossos vizinhos respondem por 37% das vendas no exterior.
Já para a América do Norte o aumento das vendas se situou na casa do 18,9% e o eles respondem por 32% de nossas vendas. E para os países da Europa o crescimento registrado foi de 26,5% e eles recebem cerca de 13% de nossas exportações. Complementando os demais países do mundo respondem por cerca de 18% das exportações.
Tais dados mostram que de janeiro a julho a participação média dos países da América do Sul retornaram ao patamar acima de 35% que é o mesmo nível observado no ano de 2018, considerado um bom ano para o setor.
O nível de ocupação da indústria, (NUCI), teve uma leve recuada de 0,9 pontos. Na média nos primeiros sete meses do ano a indústria atuou com cerca de 80% de sua capacidade instalada.
Já a carteira de pedido, medida em número de semanas para atendimento, registrou expansão de 0,8% em relação ao mês de junho de 2022, mas uma pequena queda de 2,5% em relação a julho de 2021.
Outro bom indicador do setor foi o número de pessoas empregadas. Houve novamente em julho um aumento no quadro de pessoal e agora o setor já contabiliza 396 mil empregados diretos. Este crescimento no uso de mão de obra começou no fim do primeiro semestre de 2020 e em relação ao mês de julho de 2021, registrou-se um adicional de 17.000 pessoas no setor.
Fonte: Abimaq.