Investimento em sustentabilidade cresce no setor de mineração.
Conforme dados do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), as mineradoras pretendem investir cerca de R$ 200 bilhões no país até 2026 sendo cobre, minério de ferro e soluções socioambientais os principais focos de investimentos previstos para o período. Os estados que mais devem receber os valores são Minas Gerais, Bahia e Pará. O minério de ferro, principal produto da mineração no Brasil, deve concentrar investimentos de US$ 13,4 bilhões.

Há também previsão de elevados recursos para fertilizantes e projetos de bauxita, cada um atingindo US$ 5,7 bilhões (cerca de R$ 28 bilhões). Além disso, a sustentabilidade é uma das práticas que deve acompanhar o setor pelos próximos quatro anos, com aportes para descaracterização de barragens semelhantes às que se romperam em Mariana e Brumadinho (MG), segundo a entidade. Como exemplo, podemos citar o plano e as metas de ESG (Environmental, Social and corporate Governance, da sigla em inglês) da Usiminas — grupo siderúrgico com atuação em diferentes segmentos da cadeia de valor do aço — envolvem medidas como melhor aproveitamento dos recursos hídricos, eficiência energética e uso de energias renováveis, combate à mudança climática e segurança do trabalho.
Um estudo global realizado pela empresa Ernst & Young (EY), em parceria com o Ibram, mostrou que as oportunidades devem continuar a superar os riscos, enquanto a disrupção contínua nas áreas social, política, tecnológica e econômica deve induzir a mudanças também nessa indústria. Nesse sentido, a pandemia intensificou movimentos como a agenda ESG, que prevê compromissos com os temas ambiental, social e governança no setor. Ainda, segundo os dados do Ibram, cerca de US$ 6 bilhões dos investimentos (aproximadamente R$ 30 bilhões) previstos para o setor até 2026 são para as áreas social e ambiental. A redução de emissões de carbono por meio de energia renovável é um dos temas que ganha prioridade.
Fonte: fernanda.teodoro@expertamedia.com.br Assessoria de imprensa