Segundo dados divulgados pela Abimaq, entidade que representa os produtores de máquinas e equipamentos o setor apesentou resultado bem abaixo do esperado neste mês de janeiro.
A receita liquida total apresentou um retração de 14% em relação a dezembro. E se considerarmos o mesmo mês do ano passado a queda foi de 6,4%
Com isso, o ano de 2023, inicia com o pior desempenho dos últimos 3 anos, reforçando a percepção de desaceleração do setor.
A indústria de máquinas terminou o ano de 2022 com o terceiro trimestre apresentando um queda significativa nas vendas, o que já fazia prever uma desaceleração, que era esperada, mas ela veio um pouco mais forte. No comparativo com o melhor período do setor (2010-13) o mês de janeiro começa 30,4% menor.
As exportações ainda que tivessem exibido uma queda em relação ao mês anterior de 13,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, houve um crescimento de 22%. O grande problema ficou registrado nas vendas para o mercado interno que foram menores em 14,2% sobre o mês passado e em 13,6% sobre o mesmo mês do ano passado.
Com isso os dirigentes do setor reclamaram bastante sobre a questão de taxa de juros e sobre as incertezas que a nossa economia apresenta neste momento.
Todas as outras questões como insegurança jurídica, fala de reformas fiscais e política e outras foram lembradas e estão contribuindo para a pouca disposição das empresas em fazer novos investimentos, o que de certa forma paralisa o setor.
Voltando aos números o setor exportou novamente uma quantia superior a US$ 1 bilhão em máquinas e equipamentos repetindo 2022 quando houve oito meses em que as vendas externas apresentam resultados semelhantes, valores só observados em meados de 2012.
Este resultado reforça o bom momento atravessado pela parte exportadora do setor de máquinas e equipamentos e também pode ser observando, também, quando analisamos a quantidade exportada de bens.
O destaque, no nas exportações foi para o setor de máquinas para logística e construção civil que registrou crescimento de 59,9% no período, participando com de 32,6% no total das exportações de máquinas no período. Outro destaque foi o setor exportador de componentes para a indústria de bens de capital, que teve uma participação de 18,2% no total e registrou crescimento de 19,5%.
O nível de ocupação da capacidade instalada (NUCI) da indústria de máquinas e equipamentos apresentou em janeiro novo recuo – o quinto consecutivo – e ficou 2,0% abaixo no nível registrado em janeiro de 2022.
Em média, o setor fabricante de máquinas e equipamentos, atuou em janeiro de 2023, com 75,5% da sua capacidade instalada. A carteira de pedido, medida em número de semanas para atendimento, registrou queda de 2,4%, em relação a dez22. Atualmente o setor possui uma carteira equivalente a 11,2 semana de atividade 11,5% inferior à de jan22.
Finalizando o setor manteve o nível de empregos com mais de 390 mil pessoas ocupadas em janeiro.
Fonte: Abimaq