Segundo informações recebidas da Alacero – Associação Latino-Americana de Aço, a recuperação do setor no início de 2023 é muito lenta.
Em janeiro de 2023, foram consumidas 6,2 Mt, 19% a mais que em dezembro de 2022 e 8,4% a mais que em janeiro de 2022. No entanto as bases de comparação são muito baixas.
A produção de aço bruto, em fevereiro de 2023, foi 10,8% menor que o mês anterior e 6,6% menor que em fevereiro de 2022. Enquanto o de laminados foi 1,6% menor que o do mês anterior e 12% maior que o de fevereiro de 2022.
No início do ano, os principais setores demandantes de aço apresentaram comportamento variável no nível de atividade.
O pior desempenho veio do setor de construção. Depois de moderar o ritmo de contração nos últimos meses de 2022, a atividade caiu mais fortemente no início de 2023.
Em contrapartida, a produção industrial foi o setor que apresentou melhor desempenho. Mesmo após registrar leve queda em dezembro de 2022, a atividade cresceu 5,3% ao ano em janeiro de 2023, após cair 0,3% ao ano no último mês de 2022. Dentro da indústria, há também grandes discrepâncias com alguns setores em ritmo normal de crescimento e outros com dificuldade de se ajustarem a demanda baixa do mercado
Os números finais de 2022 para a LATAM:
Em 2022, o consumo aparente da região, que em 2021 foi de 75,1 Mt (+25,7%), registrou queda esperada de 8,7%, fechando em 68,5 Mt. Isso representa 107 kg/per capita, igual à média da safra 2015-2019 período. Por sua vez, 2022 fechou com uma produção de aço bruto na LATAM de 62 Mt (-4,1% vs. 2021) e 54 Mt de aço laminado (-3,4% vs. 2021).
Segundo palavras de Alejandro Wagner, diretor executivo da Alacero. “A situação internacional exige extrema atenção da nossa indústria regional local. Com a produção de aço da China caindo diante da forte pressão interna e externa para reduzir as pegadas de carbono, agora há espaço para os países emergentes redirecionarem seu fornecimento de produtos acabados. Assim, gera-se uma boa oportunidade para novos negócios e para a intensificação do comércio intrarregional entre os países latino-americanos”.
“Outro foco de atenção é a iminente aprovação pelos países da União Europeia da versão final do Coal Border Adjustment Mechanism (CBAM), que visa controlar a entrada na UE de determinadas mercadorias importadas de países não pertencentes à UE que tenham com regulamentações sobre emissões de carbono consideradas menos rígidas pela Comissão Europeia, abrindo também um alerta para os países latino-americanos que têm negociações comerciais com esses países”.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Alacero