Se consolida a invasão de aços importados principalmente do Oriente.

Nas estatísticas apresentadas deste mês pelo Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço – Inda, em setembro foram contabilizadas a internação de 309.788 mil/ton. de aços planos, contra 108.732 no mesmo mês no ano passado. É um crescimento de 184,9%.

No acumulado do ano, entre janeiro a setembro de 2023, temos 1.794.250 mil/ton. contra 1.179.458 mil/ton. no ano passado, com crescimento de 52,1%.

Analisando os produtos individualmente o susto é maior ainda, pois as Chapas Grossas tiveram um crescimento de 361,3%, os Laminados a Frio, de 394,7%, os Laminados a Quente, 355,1%, as Chapas Galvalume, 161,3% e os Zincados 84,3%. E na origem dos produtos a China participou com 82,6% e a Coréia do Sul, com 11,9%, e o residual para outros países.

Assistimos recentemente no Congresso Aço Brasil, que o Brasil é no momento, um país que não possui nenhuma salvaguarda contra a chegada de aços importados. A única medida neste sentido foi a antecipação do término da data de vigência de um decreto que isentava a chegada de alguns tipos de aço. Recentemente o México estabeleceu um Imposto de Importação para aços importados de 25%, o que freou a entrada no país nas proporções tão alarmantes quanto o que está ocorrendo aqui no Brasil.

Segundo Carlos Loureiro, presidente executivo do Inda, se não forem tomadas medidas imediatas, a indústria siderúrgica nacional e o próprio país, podem sofrer consequências alarmantes. Ele disse isso analisando os preços internacionais que mostram que o aço que está sendo colocado aqui em nosso mercado apresenta preços abaixo do custo de produção.

Considerando os resultados do mês a rede nacional de distribuição de aços planos, em setembro vendeu 323,3 mil/ton. contra 343,4 mil/ton. em agosto, com queda de 5,8%. Manteve-se estável quanto a venda do mesmo mês no ano passado.

Os distribuidores e revendedores compraram das usinas 322,8 mil/ton. contra 345,8 mil/ton. do mês passado, com queda de 6,6%. Em relação ao mesmo mês do ano passado houve uma queda de 2,9% já que haviam sido compradas 332,6 mil/ton. naquele ano.

Os estoques da rede praticamente permaneceram estáveis com 843,4 mil toneladas com giro de estoque de 2,6 meses.

Loureiro acrescentou que o quadro não deve mudar em relação as importações neste ano, mas acredita em um outro cenário partir de janeiro.