A ausência de crescimento na atividade empresarial e econômica no Brasil, também refletiu no setor de Máquinas e Equipamentos. Assim como em outras atividades que acompanhamos, como produção automotiva, siderúrgica, distribuição a processamento de aços e outras a produção de máquinas no Brasil apresentou retração no mês de setembro e vê com dificuldades algum tipo de retomada neste ano. Mesmo porque o setor de produção de máquinas agrícolas que é uma das locomotivas do setor, vêm se ressentido do problema da queda dos preços nas commodities no mercado internacional e também do pouco interesse demonstrado pelo atual governo o que reflete na queda de investimentos no setor.
Segundo a Abimaq, entidade que representa os produtores de máquinas e equipamentos em setembro a receita líquida total que foi de R$ 25.086,69 e representou uma queda de (-)10,8% em relação ao mês anterior e (-) 9.5% em relação ao mesmo mês do ano passado. Também caiu o Consumo Aparente que foi de R$30.303,80 com queda de (-)11.2% sobre o mês anterior e (-) 19,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Novamente o que salvou o setor foram as exportações que apesar de terem mostrado uma queda de (-) 20,7% sobre o mês anterior ainda foram superiores a US$1,2 bilhão e (+) 11,7% ao mesmo mês do ano anterior. No acumulado do ano mostram crescimento de (+)17,3%.
O ponto positivo destacado pela equipe da Abimaq é que vem se notando um recuo na taxa de desemprego e um aumento na renda das famílias, o que proporciona um aumento interno nos bens de consumo, justamente o único segmento de crescimento no mês de setembro.
No quesito exportações a América do Norte foi responsável por 34,9% do total exportado, seguido pela América do Sul com 33% onde a Argentina foi responsável por 11,3% do total das exportações. Notou-se queda nos mercados do Chile, Colômbia e Uruguai.
O Mercado europeu adquiriu cerca de 14% dos equipamentos produzidos no Brasil.
Já no item importações, notamos que o setor de máquinas andou na contramão do que observamos em outros segmentos que acompanhamos. Enquanto a siderurgia, o setor automobilístico, o setor têxtil e outros vem observando uma escalada da chegada de produtos vindo da China no setor de máquinas houve um recuo nas importações com queda de (-)17,3% em relação ao mês anterior e 6,9% em relação ao mesmo mês do ano passado. E um detalhe importante: Houve queda nos produtos chegados da China que caíram de 27,4 para 25% mas, sendo ainda o principal fornecedor. Ainda segundo a Abimaq, a maioria dos produtos vindos da China são componentes ou equipamentos para logística e construção civil enquanto os EUA e Alemanha que vem respectivamente em 2ª e 3ª posição forneceram além de componentes máquinas para tratamento de metais.
A indústria de máquinas está trabalhando com 75,2% de sua capacidade instalada e praticamente com 10 semanas de trabalho em sua carteira de pedidos e no tocante a mão de obra empregada manteve-se praticamente estável com queda de 0,5% e cerca de 390 mil pessoas empegadas.
Fonte Abimaq