A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores -ANFAVEA – divulgou hoje (07/12) uma estimativa de seu balanço do setor automotivo para 2023, além das projeções para 2024. Inicialmente destacou-se que o ano experimentou aumento relevante no mercado interno, principalmente após as medidas provisórias aprovadas pelo governo, que impulsionaram o mercado. Houve também estabilidade na produção e queda nas exportações.
Já a estimativa para o próximo ano é de subir mais um degrau de crescimento, não só de vendas, mas também na produção e exportação.
Em novembro foram vendidos no segmento de veículos leves 10,6 mil unidades/dia completando 212.6 mil unidades com queda de 2,4% sobre outubro que havia apresentado venda de 217,8 mil unidades. Segundo as projeções o ano deverá fechar com 2,29 milhões de emplacamentos, alta de 8,8% sobre 2022 e que também é 6% acima do que fora projetado pela entidade.
Quando se analisa o segmento de pesados, os ônibus tiveram surpreendente crescimento de 18,8% no ano, graças sobretudo à maior demanda por modelos de uso rodoviário. Já os caminhões, conforme o previsto, registraram queda de 15,2% após a forte antecipação de compras ocorrida em 2022, na esteira da nova fase de legislação de emissões que elevou os custos dos produtos.
Para 2024, a ANFAVEA projeta vendas de 2,450 milhões de autoveículos, uma elevação de 5,8% sobre 2023. Na divisão por grandes segmentos, espera-se alta de 5,3% para automóveis e comerciais leves, e de 14,1% para veículos pesados.
Já na produção deverá se confirmar um recuo de 0,5% no ano, em função da queda nas exportações e do aumento relevante das importações.
A estimativa, faltando poucos dias para o encerramento do ano, é de uma produção acumulada de 2,359 milhões de autoveículos agora em 2023.
Para o próximo ano, a expectativa da ANFAVEA é para um crescimento de 4,7% nesse volume, o que representará 2.470 milhões de unidades produzidas.
E aqui fica o grande destaque da apresentação que foi a gigantesca entrada de carros importados, principalmente vindos da China. Segundo os mapas apresentados, houve um crescimento neste ano de 347% em volume de veículos que entraram no país vindos daquele país. A principal causa apontada foi a isenção total de carros eletrificados. Tal situação segundo o presidente da Anfavea, está sendo ajustada com uma nova legislação que começa a vigorar em janeiro e que dará condições de competição às empresas que já estão aqui instaladas de desenvolverem e produzirem veículos eletrificados aqui no Brasil .
Nas exportações neste ano os embarques recuaram 17%, com 399 mil unidades. Um dos problemas principais foi o encolhimento do mercado da Argentina para onde deixaram de ser mandados 95 mil veículos. A fatia brasileira que já foi de 49% caiu para 27% naquele mercado.
A maioria deste espaço também foi tomado pelos carros chineses. Também no Chile e na Colômbia, houve encolhimento do mercado para os carros brasileiros.
Par 2024 a Anfavea prevê que hajam exportações de 407 mil unidades com alta de 2%.
Fonte Assessoria de Comunicação ANFAVEA