Segundo informações do Instituto Aço Brasil divulgados no ultimo dia 15 de dezembro continuou muito forte a chegada de aços importados.
A produção de aço bruto caiu 7,1% no acumulado de janeiro a novembro de 2023, em relação a igual período de 2022, fechando em 29,35 milhões de toneladas. Na mesma comparação, as importações atingiram 4,5 milhões de toneladas, alta de 49,9%, e as vendas internas recuaram 5%, fechando em 18 milhões de toneladas.
O consumo aparente (vendas internas mais importações por distribuidores e consumidores) subiu 0,5%, em 21,96 milhões de toneladas. No entanto este acréscimo foi tomado pelos aços importados. Também nessa base, as exportações fecharam 0,9% abaixo do que foi verificado nos onze primeiros meses de 2022, atingindo 10,9 milhões de toneladas.
Entre janeiro e novembro, a China respondeu por 58% das importações, tendo atingido 71% em novembro.
Com o estreitamento do mercado interno, para as indústrias nacionais a capacidade instalada média da indústria do aço entre janeiro e novembro atingiu 62,7%, abaixo dos 67,6% verificado em igual período de 2022.
Em relação ao desempenho do mês de novembro, frente a igual mês do ano anterior, a produção de aço subiu 3,8%, para 2,7 milhões de toneladas; as vendas internas caíram 2,1%, para 1,6 milhão de toneladas; importações elevaram-se 9,2%, para 402 mil toneladas; e as exportações subiram 19,9%, para 971 mil toneladas. Consumo aparente, nessa comparação, fechou em 2 milhões de toneladas, 2,5% de alta.
Segundo Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do IABr, “A tendência de entrada de aço estrangeiro no país se mantém em alta, e, por esse motivo, a indústria do aço segue defendendo a elevação temporária e emergencial da tarifa de importação de 9,6% em vigor para a maioria dos produtos, para 25%, em 18 NCMs (Nomenclatura Comum do Mercosul), de um total de 273 NCMs, uma vez que outros mercados relevantes, como Estados Unidos, União Europeia, Reino Unido e México, seguem com suas defesas comerciais nesse patamar. Enquanto essa assimetria não for corrigida, o aço produzido em países que subsidiam suas indústrias para vender a preço de custo ou abaixo dele continuará inundando preferencialmente o mercado brasileiro”.
Para o mês de dezembro o ICIA – Índice de Confiança da Indústria do Aço (ICIA), calculado pelo Instituto Aço Brasil, fechou abaixo de 50 pontos, pelo 14º mês consecutivo, o que denota falta de confiança do setor. Em dezembro, o indicador aumentou 1,8 ponto, atingindo 37,7 pontos.
Fonte: IABR – Instituto Aço Brasil