Perfeitamente alinhada à aplicação das práticas da ESG, a Aço Verde do Brasil comemora os bons resultados do presente, e age proativamente para enfrentar os desafios do futuro.
Marcus Frediani
No dia 8 de dezembro do ano passado, a Aço Verde do Brasil (AVB) celebrou oito anos de operação. Ato contínuo, a comemoração do aniversário ganhou novas cores, a partir da divulgação oficial dos resultados operacionais da companhia, com sede em Açailândia/MA, no ano passado, apresentados no início do mês de abril, que, surpreendentemente, contrastaram com o momento particularmente difícil vivenciado pela siderurgia brasileira.
“Apesar dos desafios, como a concorrência com o aço importado e a volatilidade do mercado de commodities, a AVB se manteve competitiva no mercado, alcançando a marca de 405 mil toneladas de laminados vendidos e 580 clientes atendidos, tendo ainda apresentado um crescimento de 15,1% no volume de vendas de laminados em 2023”, contextualiza Leandro Vasconcelos da Costa, diretor de Vendas e Logística da AVB.
Notabilizada internacionalmente por uma trajetória impulsionada pela inovação e pelos compromissos de governança ambiental e social, a conquista desses números pela empresa teve seu arco virtuoso completado no ano passado por uma série de realizações importantes no âmbito das práticas da ESG, o que deixa claro que a palavra “Verde”, grafada em sua razão social não é mera estratégia de marketing. “Muito mais do que isso, a AVB foge à curva padrão do mercado por oferecer produtos de alta qualidade, como é o caso do nosso aço verde, produzido com a menor pegada de carbono do planeta. A empresa também se destaca pelo atendimento personalizado aos clientes, pela logística eficiente e pela gestão financeira eficiente. Nossa unidade industrial, Altos-Fornos, aciaria e laminação são muito flexíveis, e isso resulta em agilidade para produzir e fazer nossas entregas”, destaca Leandro.
SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
Com efeito, vários fatos emblemáticos comprovam essa acepção, calcados em sua constante busca por inovações tecnológicas e pela implementação das práticas ESG em todas as atividades da Aço Verde Brasil. Para começar, a empresa é detentora de uma matriz energética diversificada no âmbito das fontes renováveis. Um dos destaques dessa proposta é uma inteligente solução para geração de energia renovável interna, baseada na aplicação de uma tecnologia patenteada pela AVB, que permite a reciclagem da sucata ferrosa, que, pré-aquecida, é carregada no Convertedor LD da aciaria, resultando em um aumento na quantidade de sucata enfornada.
“Dando continuidade aos esforços mirados na sustentabilidade, em 2023, colocamos em funcionamento na companhia a nova Central Termoelétrica Verde da AVB, instalada dentro da área da usina, com a finalidade de gerar energia limpa utilizando gases de processo gerados em nossos Altos-Fornos, o que contribuiu sensivelmente para a redução do consumo de energia elétrica externa, e agora produz até 10,75 MW de energia elétrica renovável certificada (I-REC) pelo Instituto TOTUM, representando cerca de 30% da energia renovável total adquirida pela companhia” explica Sandro Marques Raposo, diretor de ESG e Novos Negócios da empresa.
Além disso, por meio da venda da escória dos AF’s para a produção de cimento, a AVB contribui para a diminuição do uso de clínquer e, consequentemente, para a redução das emissões de GEE. Paralelamente, a empresa está investindo em sua planta de briquetes extrudados, que atuarão como substitutos parciais do calcário e do minério de ferro empregado nos Altos-Fornos, reduzindo ainda mais o impacto ambiental do processo de produção de aço, além de promover a economia circular na operação. E, em adição, a AVB vem investindo continuamente em reflorestamento, preservando recursos naturais, otimizando o uso de matérias-primas e a remoção de CO2 da atmosfera.
“O conjunto dessas ações nos permitiu manter, em 2023, a liderança no quesito sustentabilidade, registrando um dos menores índices de emissão de CO2 na siderurgia mundial: mínimos 0,02 tCO /t aço, certificados pela Société Générale de Surveillance (SGS S.A.), de acordo com os padrões do Programa Brasileiro GHG Protocol e da Worldsteel Association, considerando a utilização de biocarbono nos Altos-Fornos da AVB, produzido a partir de florestas de eucaliptos, que têm a capacidade de absorver mais CO2 da atmosfera do que as emissões de carbono liberadas durante o processo de produção do aço verde”, sublinha Sandro.
PREOCUPAÇÃO SOCIAL
Em termos numéricos, com a aplicação dessas soluções, a AVB bateu seu próprio recorde ao reciclar mais de 97 mil toneladas de aço, um aumento de 8% em relação ao ciclo de 2022. “E vale ainda frisar que, perseguindo a meta de uma produção de aço mais sustentável, vários processos foram criados na empresa incluindo uma série de projetos e ações focados em impulsionar a Economia Circular. Dessa maneira, toda a sucata reutilizada é adquirida por meio de coletores que trabalham na região de Açailândia e transformada em produtos de aço laminados de qualidade.
Paralelamente, como parte essencial de seu compromisso com o eixo social, a Aço Verde do Brasil vem trabalhando em diversas frentes de prestação de atendimento e apoio social nas comunidades onde mantém operações. Em 2023 iniciou a construção do Instituto AVB, instalado no coração de Açailândia com o objetivo de consolidar e padronizar todas as iniciativas desenvolvidas no Maranhão e em outros estados do Nordeste. “O Instituto AVB, uma instituição sem fins lucrativos, dedica-se a promover a equidade social e econômica nas áreas onde a AVB está presente. Suas iniciativas abrangem uma ampla gama de setores, desde esporte, cultura e educação, saúde e assistência social. Este compromisso abrangente é estendido às comunidades regionalizadas, incluindo os grupos PPI (pretos, pardos ou indígenas), Pessoas com Deficiência (PCDs) e a LGBTQIAPN+”, destaca o diretor de ESG e Novos Negócios da companhia.
Em 2023, mais de 24 mil pessoas foram impactadas por projetos sociais realizados pela Aço Verde do Brasil. Essa integração de valores não apenas solidifica a posição da siderurgia brasileira, mas também amplia sua influência para além dos limites fabris, gerando um impacto positivo nas comunidades onde opera. “Ao reforçar seu compromisso com a construção de uma sociedade mais justa e sustentável, toda a indústria siderúrgica contribui para a valorização do aço como uma fonte de impulsionamento socioambiental, especialmente considerando seu potencial na transição energética, na economia circular e no desenvolvimento econômico”, enfatiza Sandro Raposo.
EM BUSCA DO RESÍDUO ZERO
E as metas da AVB no campo da ESG vão além. E são muito ousadas. Hoje, o compromisso da companhia é continuar aperfeiçoando e investindo em suas operações para, em um futuro próximo, ser também a primeira siderúrgica resíduo zero do planeta. Para tanto, a companhia está construindo sua planta de briquetes extrudados com capacidade para 350.000 t/ano com objetivo de reciclar 100% dos resíduos sólidos gerados no processo de produção do aço verde.
Além disso, tem planos para implantar, ainda em 2024, uma série de novos fornos industriais de carbonização para a produção de finos de biocarbono, que posteriormente serão certificados para o sequestro e fixação de carbono da atmosfera no solo de suas fazendas (biochar), com a consequente geração de créditos de carbono para a venda.
Logo no primeiro ano de certificação, a AVB conquistou nota “B” no questionário Mudanças Climáticas do Carbon Disclosure Project (CDP), que é uma instituição sem fins lucrativos que administra o sistema de divulgação global para investidores, empresas, cidades, estados e regiões gerenciarem seus impactos ambientais, e tem como objetivo medir, divulgar, gerenciar e compartilhar informações ambientais relacionadas ao clima e outros aspectos da sustentabilidade, com isso influenciando empresas, investidores e governos a gerenciar o uso de energia e recursos naturais de forma consciente e responsável. E o bom resultado já obtido pela companhia mostra seu comprometimento com a implementação de políticas e estratégias para reduzir os impactos ambientais, além de ter atuação consistente e gestão eficiente dos indicadores ESG.
GOVERNANÇA NOS NEGÓCIOS
Em termos de governança corporativa, a Aço Verde do Brasil busca implementar as mais elevadas práticas no que diz respeito a equidade, conformidade, prestação de contas e transparência, com o objetivo de agregar valor aos acionistas e ao mercado geral.
“Entre as mais recentes iniciativas nesse sentido estão a eleição de dois membros externos independentes para o Conselho de Administração, e a criação do Comitê de Governança e Sustentabilidade. O objetivo do comitê é apoiar o Conselho de Administração da AVB no cumprimento de atribuições estratégicas relacionadas a ações ESG. Adicionalmente, possuímos uma Superintendência de GRC, que compreende as atividades de Governança, Risco e Compliance”, revela Sandro Raposo. E, fechando esse corolário de notícias mais do que positivas, o executivo faz questão de registrar que, no 1º Semestre do ano passado, a AVB teve seu rating de crédito corporativo elevado pela agência de classificação de risco S&P Global Ratings, de “brAA–”, para “brAA”, com perspectiva estável.
“Com tudo isso, as perspectivas para o futuro da AVB são promissoras. A empresa está comprometida com o crescimento sustentável, com foco na expansão da base florestal, no desenvolvimento de produtos inovadores e na otimização da capacidade instalada. A AVB também busca fortalecer sua presença no mercado nacional, expandindo nossa base de clientes e diversificando mercados de atuação. Recentemente ampliamos nossa área comercial na região Nordeste, com uma base comercial em Recife/PE, visando a atender, com ainda mais eficiência e qualidade aos setores industriais e da construção civil nessa região do país, que demonstra crescimento”, finaliza Leandro Vasconcelos da Costa, diretor de Vendas e Logística da AVB.