Na coletiva de apresentação dos números de maio realizada hoje (7/6/24) o destaque ficou por conta da importação de veículos. Segundo a entidade que representa as montadoras no Brasil: “O volume de emplacamentos de autoveículos vindos de outros países já chegou a 160 mil unidades de janeiro a maio, 44 mil a mais do que no mesmo período de 2023. Os modelos chineses representaram 82% desse crescimento das importações no ano”.
A produção mostrou um recuo de 25% em relação ao mês passado com 166,7 mil veículos produzidos contra 222,1 mil do mês de abril e também um recuo de 26,9% em relação a maio de 2023, quando foram produzidos 227,9 mil veículos.
Os emplacamentos para o mercado interno também recuaram em 12% pois foram vendidos 194 mil veículos contra 221 mil de abril. Já em relação a maio de 2023, houve um crescimento de 13,7%, uma vez que naquele mês o emplacamento ficou em 176,5 mil veículos. Havia a expectativa de uma medida governamental, favorecendo a venda de veículos novos que acabou se concretizando em junho de 2023.
As explicações para a queda dão conta de que houve uma série de feriados, principalmente no final do mês quando normalmente as vendas se aceleram e no caso da produção este recuo na produção em maio foi decorrente das paralisações de fábricas e dos reflexos da operação-padrão do IBAMA e do MAPA e do efeito Rio Grande do Sul.
O que continua decepcionando são as exportações, pois há um nítido desaquecimento dos mercados da América do Sul, mantendo as exportações num patamar baixo além do crescimento de produtos asiáticos nesses países que também prejudica os embarques brasileiros.
Foram embarcados 26,8 mil veículos, contra 27,3 mil do mês passado com uma queda de 2,1%. E em comparação com o ano passado, quando foram embarcados 45,7 mil veículos a queda foi de 41,4%. Ao considerarmos o ano de 2024 em relação ao ano de 2023, nestes cinco meses a queda é de 29,7% (136,3 contra 193,8 mil veículos)
O assunto discutido na reunião foi a investida dos carros chineses em todo o mercado da América Latina. Se no Brasil houve esta avalanche da chegada de carros importados, não está sendo diferente nos principais mercados em que o Brasil atuava na América Latina. Os carros chineses que no ano passado no período de janeiro a maio, eram 7.011 veículos neste ano de 2024, no mesmo período dos cinco primeiros do ano foram 42.762 mil veículos com um crescimento de 510 %.
Fonte: Assessoria de Imprensa Anfavea.