De acordo com o Informe Conjuntural do segundo trimestre deste ano, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) manteve a projeção de crescimento do PIB em 2,4% e elevou a previsão para o PIB industrial de 2,1% para 2,3% em 2024,. A instituição também prevê aumento de 2,8% no consumo das famílias, de 4% dos investimentos e de 2,2% da indústria de transformação, mesmo devido aos desafios como as enchentes do Rio Grande do Sul e as paralisações dos trabalhadores do setor automotivo.
A expectativa da CNI é que a Selic encerre 2024 em 10,5% ao ano, acima dos 9% previstos anteriormente. Com isso, a taxa de juros real deve encerrar 2024 com 1,6 ponto percentual acima da taxa de juros real neutra. A CNI também estima que o consumo das famílias encerre 2024 com alta de 2,8%. No primeiro trimestre, a expectativa era 2,5%, enquanto a expectativa para o investimento em 2024 aumentou de 2,8% para 4%, frente a 2023.
Mesmo com as quedas apresentadas pela indústria de transformação em maio devido as enchentes do Rio Grande do Sul e as greves no setor automotivo, a CNI entende que o setor ainda será beneficiado pelo aumento da demanda interna e prevê crescimento de 2,2% em 2024. No início do ano, a expectativa da CNI era de 1,7% para este ano. Já o setor agropecuário deverá registrar queda de 4% em 2024, pois a estimativa de safra de cereais, oleaginosas e leguminosas tem sido revisada para baixo por conta dos impactos climáticos do El Niño, aponta a entidade.
“Apesar do avanço do PIB Industrial, ainda existem desafios para a continuidade do bom desempenho da atividade econômica para o restante do ano, como o cenário fiscal, a taxa de câmbio em trajetória de alta e a interrupção da tendência de queda da taxa Selic, que manterá a política monetária em campo fortemente restritivo”, avalia o presidente da CNI, Ricardo Alban.
Fonte: Imprensa CNI