A Anfavea, entidade que reúne os principais montadores de veículos automotores no Brasil apresentou hoje (5/9/24) o seu relatório mensal relativo ao desempenho do setor em agosto e o acumulado do ano.
Além disso recebeu o Vice-Presidente da República, e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) , Geraldo Alckmin, ocasião em que entregou um documento denominado “Estudo para a Descarbonização Automotiva no Brasil” contendo o resultado de um trabalho desenvolvido entre a Anfavea e a Boston Consulting Group, onde são apresentados vários dados que impactam o setor e as medidas que irão tomar, além das recomendações sugeridas ao governo, com o objetivo de alcançar algumas importantes metas nos próximos anos. Veja a matéria completa sobre o assunto na próxima edição da revista Siderurgia Brasil, edição de setembro.
Com respeito aos números do setor mais uma vez, as atenções foram voltadas para a China, pois assim como aconteceu no setor siderúrgico, onde acompanhamos de perto a “invasão chinesa” e as dificuldades para a retomada de mercados e empregos no Brasil, isto ocorre agora com o setor automotivo. O resumo é que a China tem uma capacidade de produzir 50 milhões de unidades elétricos, híbridos e plug-in por ano, está produzindo cerca de 30 milhões. Seu mercado interno não tem capacidade de consumir toda a produção e eles evidentemente saem para exportar. Os EUA cobram de imposto de importação 100%, segundo disse o presidente da Anfavea. Outros países como na UE possuem taxas elevadas e no Brasil a taxa de importação de carros elétricos era Zero e agora tem um plano de crescimento gradativa para atingir em 2026, 35%. Agora em 1º de julho esta taxa cresceu para 9%.
Com isso no período de janeiro a agosto houve um crescimento comparado com janeiro a agosto de 2023 de absurdos 339% na chegada de carros chineses, seguido pela Tailândia que é um país com fortes investimentos chineses de um crescimento de 162%. Para fechar esta assunto de importação, há um estoque nas montadoras e nos pátios de 81,7 mil veículos que já estão no país, para entrarem no mercado.
Segundo a Anfavea houve um crescimento na produção de 5,2% em relação a julho, com 260 mil veículos produzidos. No acumulado do ano, já 1.644 mil veículos entre janeiro e agosto contra 1.542 do mesmo período do ano passado que representa um crescimento de 6,6%.
Destaque na produção para Caminhões que cresceram 40,7% entre janeiro e agosto, com 89,4 mil unidades produzidas, contra 63,5 do ano passado e também para Ônibus, com a produção de 19 mil unidades no período contra 13,5 mil unidades no ano passado, com crescimento de 41%.
Nos emplacamentos também cresceu a média diária para 10,8 mil unidades que foi 19,6% maior do que agosto de 2023 e 2,8% sobre julho deste ano. No acumulado do ano (janeiro/agosto) o crescimento dos emplacamento já alcança 13,3%, com 1.623 (um milhão seiscentos e vinte e três) unidades contra 1.432 do mesmo período em 2023.
Fonte Anfavea