Dados divulgados pelo IBGE apontam que o PIB brasileiro cresceu 1,4% no 2º trimestre em relação ao 1º trimestre, considerando dados com ajuste sazonal. Este desempenho veio acima da projeção da Fiesp (+1,0%) e da expectativa do mercado (+0,9%). Em relação ao 2º trimestre de 2023, foi registrado crescimento de 3,3%. Do lado da oferta, os destaques positivos foram o setor de serviços, que cresceu 1,0% no trimestre, e a indústria geral, que avançou 1,8%. Do lado da demanda, os destaques foram os desempenhos positivos do consumo das famílias (+1,3%) e da formação bruta de capital fixo (+2,1%). Já a indústria de transformação, que cresceu 1,8% no 2° trimestre, intensificando o crescimento observado no trimestre anterior (+0,9%).
Para a Fiesp o crescimento da economia brasileira entre abril e junho foi influenciado, dentre outros fatores, pela continuidade do forte dinamismo do mercado de trabalho, com a taxa de desemprego encerrando junho em 6,9%, patamar historicamente baixo, Segundo informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), houve a criação de aproximadamente 1,3 milhão de novas vagas de emprego formal no 1º semestre de 2024, acima do número de vagas criadas neste mesmo período do ano passado (1,0 milhão).
Um dos reflexos desse dinamismo do mercado de trabalho tem sido a elevação dos salários. Segundo dados da PNAD Contínua, o rendimento médio do trabalho cresceu cerca de 5,8% em termos reais em junho de 2024 na comparação com o mesmo período do ano anterior. A massa salarial, que corresponde à multiplicação do rendimento médio do trabalho pela população ocupada, avançou 9,2% nesta mesma métrica. O setor manufatureiro também tem sido beneficiado pela retomada dos investimentos. A formação bruta de capital fixo cresceu 2,1% no 2º trimestre, mantendo variação positiva registrada desde o 4º trimestre de 2023.
Diante destas informações, a Fiesp revisou a projeção de crescimento da economia brasileira de 2,2% para 2,7% em 2024. Já para o PIB do estado de São Paulo, a projeção teve aumento de 2,4% para 2,5% neste ano. Entretanto, para a entidade o cenário atual aponta para uma desaceleração do ritmo de crescimento da economia brasileira em 2025, em função dos juros restritivos e do menor impulso fiscal estimado para os próximos trimestres.
Fonte: Assessoria de Jornalismo Institucional – Fiesp