O Brasil acaba de ultrapassar a marca de 15 gigawatts (GW) de potência operacional nas grandes usinas solares, de acordo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). Desde 2012, o segmento já trouxe mais de R$ 64,3 bilhões em novos investimentos e 452,5 mil empregos verdes acumulados, além de proporcionar cerca de R$ 21,3 bilhões em arrecadação aos cofres públicos.
Atualmente, as usinas solares de grande porte operam em todos os estados brasileiros, com liderança, em termos de potência instalada, da região Nordeste, com 58,6% de representatividade, seguida pelo Sudeste, com 40,3%, Sul, com 0,5%, Norte, com 0,3% e Centro-Oeste (incluindo o DF), com 0,3%.
No entanto, os empreendimentos solares têm sofrido cortes recorrentes determinados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), sem nenhum controle e responsabilidade dos empreendedores. Ao somar centrais eólicas e fotovoltaicas, esse cenário representa um desperdício acumulado de energia limpa de cerca de R$ 1 bilhão nos últimos dois anos.
Para a entidade, os cortes acendem um alerta para a necessidade de reforçar o planejamento e os investimentos na infraestrutura do setor elétrico, sobretudo em linhas de transmissão e novas formas de armazenamento.
Segundo a entidade é plenamente possível aumentar significativamente a participação das fontes renováveis na matriz elétrica brasileira, mantendo a confiabilidade, segurança e estabilidade, assegurando o equilíbrio técnico e econômico da expansão e operação do sistema elétrico do Brasil.
Para Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, o crescimento acelerado da energia solar é tendência mundial e colabora para o processo de descarbonização das economias. “O Brasil possui um dos melhores recursos solares do planeta, o que abre uma enorme possibilidade para a produção do hidrogênio verde mais barato do mundo e o desenvolvimento de novas tecnologias sinérgicas, como o armazenamento de energia elétrica e os veículos elétricos”.