Segundo a ABIMAQ – entidade que representa os produtores de máquinas e equipamentos no Brasil, o mês de agosto foi marcado pela continuidade da recuperação do setor. Houve crescimento nas vendas para o mercado doméstico, mas no mesmo período as exportações recuaram.
A receita liquida foi de R$ 27 milhões, 12,4% superior ao mês anterior, mas 7,5% menor do que havia sido em agosto de 2023. No acumulado do ano ainda há uma queda de 13,4% em relação ao mesmo período de 2023.
Boa notícia veio do resultado do Consumo Aparente que cresceu 14,7% em relação ao mês anterior e 4,4% em relação ao mesmo mês do ano passado. Ainda no acumulado do ano persiste uma queda de (-) 6%.
Houve uma forte retração nas exportações. Os diretores da Abimaq, explicaram que tendo em vista o forte crescimento do mês anterior (45,1%) era esperada uma certa acomodação, até mesmo um ajuste nos prazos entrega e questões de logística. O valor exportado foi de US$ 945,63 milhões de dólares, 29% menor do que o mês de julho e 35,4% menor do que o mês de agosto de 2023. Estre número também significou que ele ficou abaixo média histórica recente que aponta para exportações mensais acima de US$ 1 milhão.
As importações acompanharam o movimento de queda e foram 3,6% menores do que o mês de julho (US$2.578,28) mas no acumulado do ano já se registra um crescimento das importações em 6,9% sobre o mesmo período do ano anterior. E como não poderia deixar de ser temos de um lado os Estados Unidos e a Alemanha recuando nas colocações de suas máquinas no Brasil a China crescendo. Ela é a grande responsável pelo crescimento das importações e hoje já responde por mais de 29% de todos os produtos que chegaram ao Brasil neste ano.
A indústria de máquinas mostrou uma boa margem de ocupação de sua capacidade instalada com 76% e sua carteira de pedidos apesar de 11% menor do que agosto de 2023, se mantem estável.
Finalizando, houve alta no número de pessoas empregadas e agora o setor conta com 394.025 colaboradores fixos.
Nos comentários finais José Veloso presidente executivo da entidade falou sobre a recente retomada da alta dos juros básicos no Brasil. Segundo ele isso vem dificultar ainda mais a retomada do desenvolvimento econômico do país, uma vez que é mais vantajoso manter o dinheiro em investimentos com rendimentos pré-fixados ao invés de empreender e buscar crescimento. Segundo ela a atual política monetária adotada, vem prejudicando a política industrial brasileira. Ainda sobre o futuro, Paulo Estevam que responde pela área agrícola na entidade disse que após quatro anos de euforia no setor com os preços internacionais favorecendo o setor no Brasil, vivemos este 2024, com muita apreensão principalmente pelos produtos soja e milho que puxam a atividade. Ele espera que no próximo ano venham correções de rumo para que o setor retome seu potencial.
Fonte: Imprensa Abimaq