Em 9 de abril de 1941, data em que foi assinado o decreto que deu origem à criação da CSN – Cia. Siderúrgica Nacional, foi a data escolhida para a comemoração do Dia Nacional do Aço.
A criação da CSN também carregou um forte componente político pois vivíamos no chamado Estado Novo, presidido por Vargas, e ele precisava confirmar as políticas trabalhistas que implantara e ajustar positivamente as relações entre capital e trabalho, que ganharam impulso com a implantação definitiva da Consolidação das Leis do Trabalho, a CLT, que passou a vigorar em 1943.
A CSN foi inaugurada oficialmente em 1946, durante a gestão do Presidente da República, Eurico Gaspar Dutra. E permaneceu uma empresa estatal até o presidente Fernando Collor de Melo assumir o governo em 1990, ocasião em que, adepto do receituário neoliberal preconizado pelo “Consenso de Washington”, deu início ao processo de privatização de várias estatais, entre as quais a CSN.
A privatização da CSN se concretizou na gestão do presidente Itamar Franco. E assim como a CSN, todas as demais usinas produtoras – que na sua maioria eram estatais – foram privatizadas nos governos de Itamar Franco e de Fernando Henrique Cardoso.
Atualmente o Brasil está entre os “Top 10” produtores mundiais, mas apesar de ter uma capacidade instalada para produção de 50 milhões de toneladas de aço bruto no ano de 2024, produziu 33,7 milhões que representa pouco mais de 65%. Mesmo assim foi contabilizada uma alta de 5,3% em relação ao ano anterior.
O grande problema enfrentado no ano passado foi a chegada indiscriminada de aço importado, principalmente da China que atualmente responde pela produção de cerca de 55% de todo o aço produzido no mundo. Um esforço grande de entidades como o IABR, a Abitam, o Sicetel e outras entidades representativas de setores produtores ou transformadores de aço no Brasil, resultou no estabelecimento de um mecanismo denominado cota-tarifa para disciplinar a chegada de aço, que segundo as entidades é colocada no Brasil, por preços aviltados comprometendo a indústria nacional.
Mesmo assim foi contabilizada a chegada de mais de 5 milhões de toneladas nestas condições com um crescimento de 18,2% em relação ao ano anterior..
E neste ano de 2025 a grande “dor de cabeça” dos produtores de aço, são as medidas tomadas pelo governo dos EUA, de certa forma anulando os acordos comerciais que existiam desde 2018 e impondo uma tarifa única de 25% para a entrada do aço brasileiro naquele país.
Parabéns a todos, que como nós, integramos a maior cadeia industrial brasileira que é a “Cadeia Siderúrgica”
Henrique Pátria – Pulisher do Portal e Revista Siderurgia Brasil
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