Henrique Pátria
O mundo inteiro está comemorando o dia 05 de junho como o ‘Dia Internacional do Meio Ambiente”.
Ele foi criado pela Assembleia Geral das Nações Unidas pela resolução XXVII de 15 de dezembro de 1972 no momento em que se promovia a abertura da Conferência de Estocolmo, na Suécia, cujo tema central foi o Ambiente Humano.
O Brasil é um país privilegiado, porque é um dos únicos países mundiais que pode obter energia renovável de várias fontes alternativas. Que podem ser utilizadas em várias etapas industriais ou mesmo da vida das pessoas. Temos recursos naturais abundantes e capacidade tecnológica para novas descobertas e implantações que por certo constituem nosso futuro.
Além disso apesar das poucas efetivas realizações, além da retórica, dada pelas autoridades ao tema, às empresas de um modo geral se conscientizaram da importância de adotar processos de preservação e de sustentabilidade do ambiente e todos os setores indistintamente tem feito esforços significativos no sentido da melhora das condições do ambiente onde o ser humano habita.
Na SIDERURGIA que é a área que nos dedicamos há intensos desafios a serem vencidos. Em um determinado momento no século passado ela já foi considerada uma das indústrias mais poluidoras do Brasil, mas dado a intensos processos de modernização de suas linhas é um exemplo de resiliência e de atitudes favoráveis.
Em âmbito mundial a siderurgia é responsável por algo em torno de 7% a 9% da geração de CO2 no mundo., uma vez que cerca de 70% dos altos-fornos instalados nos principais países produtores de aço são alimentados com carvão coque de origem mineral, que gera gases poluidores.
Há metas mundiais de descarbonização a serem atingidas até o ano de 2050 e o Brasil é um dos signatários desta proposta. Segundo alguns levantamentos divulgados serão necessários em torno de US$ 600,00 bilhões em investimentos para a descarbonização total da siderurgia até o fim do acordo.
Estes investimentos passam pela utilização de novas fontes de energia como a ampliação do uso de fornos elétricos, hidrogênio, energia solar, eólica, gás natural ou hidrogênio que pode ser obtido pela transformação etanol em substituição ao carvão coque. Também será necessária a modernização de vários equipamentos para a captura e reaproveitamento de gases oriundos dos processos de fabricação.
Há muito a ser feito, mas como pode ser visto nas páginas recentes de nossas publicações várias usinas nacionais se preocupam – e muito – com este tema e fazem esforços diários para a sua completa solução.