No dia 9 de abril de 1941, Getúlio Vargas, então presidente do Brasil, assinou o decreto de criação do Dia Nacional do Aço, em homenagem à inauguração da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), instalada na cidade de Volta Redonda, no Rio de Janeiro.

De lá para cá, como se diz no popular, muita água passou embaixo da ponte e, hoje, nosso país tem lugar no “Top10” na produção mundial de aço. Temos instaladas 31 usinas produtoras, sendo 15 integradas e 16 mini-mills, administradas por 11 grupos empresariais diferentes, que geram 127 mil empregos diretos e cerca de 3 milhões de empregos indiretos, e pagando cerca de R$ 35 bilhões de impostos em 2022. Juntas, elas têm capacidade de produção de 51 milhões de toneladas anuais, embora, no ano passado, elas tenham produzido apenas algo em torno de 34 milhões de toneladas. E essa mesma indústria projetou que investiria R$ 52,5 bilhões entre 2022 e 2026, e continua se esforçando para isso, a fim de atender não só o tão ansiado aumento da demanda, como também à proposta da descarbonização – que vem sendo bem-sucedida, diga-se – e à de produção do aço com níveis cada vez menores de agressão ao meio ambiente possível.

Pois bem, por esta ser uma edição especial comemorativa ao Dia Nacional do Aço, a revista Siderurgia Brasil foi buscar a palavra de Jefferson De Paula, atualmente a maior autoridade no assunto do Brasil por ocupar a Presidência do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil, além de ser o presidente da maior empresa de aço instalada no país, a ArcelorMittal. Com todas as dificuldades possíveis, conseguimos uma brecha na atribulada agenda desse executivo multivalente, que nos contou, em entrevista exclusiva, até como é sentir sobre seus ombros a enorme responsabilidade pelos cargos que desempenha neste momento como líder da entidade e da gigante empresa de aço no Brasil e na América Latina.

Mas, este mês, as páginas de nossa publicação ainda estão recheadas de outros atrativos, entre os quais destacamos a entrevista que tivemos com o presidente da ABIMEI, uma entidade que cuida dos interesses de empresas que trazem máquinas e equipamentos importados ao Brasil, na qual ele fala não só suas preocupações, como também expõe toda uma série de sugestões de como espera que o novo governo venha a conduzir a tão sonhada e aguardada Reforma Tributária.

Falando de máquinas do exterior, uma de nossas parceiras nos conta a história de uma empresa norte-americana, que nasceu pequena, e ainda se mantém com perfil familiar, que vem alcançando grande sucesso com o uso de tecnologias modernas em sua operação.

Nesta edição especial, não poderia ficar de fora também uma reportagem falando do fato de a Nippon Steel, fundadora da Usiminas, resolver se distanciar da operação brasileira, passando o controle acionário para a Ternium. Confira os detalhes na matéria.

E não paramos por aí. Nela, entre muitas outras informações e conteúdos relevantes, apresentamos ainda as projeções da Associação Mundial do Aço – a Worldsteel – para o desempenho do setor no mundo entre os anos 2023 e 2024, e revelamos também a lista dos ganhadores do Prêmio Mundial de Sustentabilidade da Siderurgia, promovido pela mesma entidade global.

Esperamos que mais uma vez estejamos entregando aos nossos leitores uma revista com muitos atrativos, à altura de suas exigências e necessidades. E continuamos contando com seus comentários, sugestões e eventuais críticas para seguirmos melhorando sempre e cada vez mais.

Boa leitura!

Henrique Patria
henrique@grips.com.br