A necessidade da manutenção dos empregos tem sido a principal preocupação do setor.

Segundo comunicado da Inesfa – Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e Aço,  as empresas de sucata de ferro e aço, estão buscando formas de sobreviver em função da forte retração da economia. Segundo a nota apesar da falta de apoio governamental e das dificuldades de acesso às linhas de crédito disponibilizadas nos bancos, as empresas continuam trabalhando e mantendo os empregos, O setor que conta com mais de 5,6 mil empresas em todo o país, a maioria pequenas e médias fornece a sucata processada às usinas siderúrgicas que usam o insumo na fabricação de aço e fundições.

Conforme afirmou Clineu Alvarenga, presidente do Inesfa “Apesar da menor quantidade de materiais do trabalho dos catadores, afetados pela interrupção da coleta seletiva em alguns municípios e da paralisação de altos-fornos de algumas usinas, a maioria das empresas de sucata vem mantendo os negócios, comprando o que é possível dos catadores e exportando parte do volume excedente, tendo como principal mercado a Ásia”,.

O segmento de sucatas metálicas, diz Alvarenga, vem mantendo os empregos e não está baixando os preços pagos aos catadores pelo quilo da sucata, que dependem deste recurso para se manter e garantir o sustento. A maioria dos catadores (os chamados “carroceiros”), mais de 800 mil em todo o país, estão sem acesso ao auxílio emergencial de R$ 600 prometidos pelo governo.

“O trabalho das empresas, ao comprar e processar as sucatas, ainda contribui para reduzir a poluição ambiental e evitar doenças, como a covid-19, dengue, chikungunya, zika e febre amarela, neste momento de pandemia”, afirma.

Em São Paulo, principal mercado de sucata do país (mais de 40% do total), há hoje cerca de 9,6 mil empregos formais, número praticamente estável em relação aos últimos dados oficiais disponíveis, de dezembro de 2019, do Ministério do Trabalho. No Brasil, o total de empregados é de quase 22 mil. “A tendência é que, passada a pandemia, haja até mesmo crescimento das contratações e de pessoas que farão dos materiais recicláveis uma fonte de trabalho, emprego e renda, fazendo com que haja incremento na coleta para atendimento de esperado aumento da demanda”, prevê Alvarenga.