Indicadores da indústria em geral e da indústria do aço mostram divergências entre si.

Segundo dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas, o índice de confiança da indústria – ICI cresceu 3,2 pontos entre os meses de abril e maio. Com o resultado, o indicador chegou a 61,4 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos.

No mês de maio entre os 19 segmentos industriais pesquisados 10 deles apresentaram aumento da confiança.

Na mesma pesquisa o Nível de Utilização da Capacidade instalada teve aumento de 3 pontos percentuais e passou para 60,3% (segundo menor valor da série histórica).

Apesar da alta do ICI, o índice está no segundo menor nível da série, acima apenas do resultado de abril (58,2 pontos), e representa uma recuperação de apenas 7,4% da perda de 43,2 pontos observada entre fevereiro e abril desse ano. São os resultados mais imediatos da quarentena e redução de atividades determinada pelo avanço da Pandemia.

“Já para os próximos meses, o elevado nível de incerteza e de pessimismo em relação ao futuro podem colocar em xeque uma recuperação mais consistente da confiança”, afirma a economista da FGV Renata de Mello Franco.

“Apesar da evolução relativamente favorável de indicadores como os de estoque, Nuci (nível de utilização da capacidade instalada] e produção prevista, ainda é cedo para concluirmos se o pior momento da crise ficou para trás. Tudo vai depender da evolução das atividades.

ICIA – Índice de Confiança da Indústria do Aço.

Já o Índice de Confiança da Indústria do Aço (ICIA), que é apurado pelo Instituto Aço Brasil – IABr,  atingiu 26,9 pontos em maio de 2020, após crescer 10,6 pontos na comparação com abril. Mesmo com o aumento do indicador, vale ressaltar que o ICIA se mantém em patamar extremamente baixo (muito abaixo de 50 pontos), o que indica que os CEOs do setor siderúrgico continuam sem confiança tanto sobre a situação atual quanto às expectativas para os próximos seis meses.

O indicador de situação atual atingiu 11,1 pontos, após aumentar 8,9 pontos frente a abril. O indicador de expectativas cresceu 11,5 pontos, para 34,8 pontos. Valores acima de 50 pontos indicam confiança, enquanto valores abaixo de 50 pontos apontam falta de confiança.

O índice que mede as condições atuais da economia brasileira cresceu 6,4 pontos, para 6,5 pontos. Já o índice de condições atuais da empresa dos entrevistados aumentou 10,1 pontos e atingiu 13,4 pontos. O índice que mede as expectativas sobre a economia brasileira para os próximos seis meses cresceu 9,4 pontos, para 26,2 pontos.

O indicador de expectativas sobre a própria empresa para os próximos seis meses aumentou 12,6 pontos, para 39,1 pontos.