Chegou o momento da flexibilização da quarentena. Mas está tudo resolvido?

Ainda que não tenha sido dada uma solução médica para a questão da pandemia do coronavirus em nosso país, pois a doença continua mostrando números preocupantes, chegou o momento do relaxamento do confinamento e de retomada das atividades.

Num rápido balanço: Por tudo que vimos e vivemos nos últimos 90 dias dá para perceber que erros grotescos foram cometidos ao longo desta experiência, começando quando ficou definido pelo STF de que quem cuidaria da epidemia seriam os governadores e prefeitos dando-lhes a autorização, vide chave do cofre,  com a possibilidade de compras sem licitação e sem prestação de contas. Tais medidas revestidas de legalidade como decretação de estado de emergência ou de calamidade pública abriram as portas ao retorno do mal uso do dinheiro público de forma descontrolada da qual temos a triste lembrança.Evidentemente há as exceções.

O correto seria que houvesse uma governança centralizada da crise, com perfeito entendimento entre  os envolvidos.  Faltou entendimento político e faltou lideranças que pudessem assumir os riscos. Ofensas e ameaças eram vistas todos os dias. Como era de se esperar agora existem os inquéritos sobre as compras superfaturadas ou de equipamentos desnecessários, ou ainda pagamento de equipamentos e produtos que nunca irão chegar, hospitais  de campanha que foram construídos sem a devida necessidade,  licitações  e compras feitas de firmas inexistentes ou de fundo de quintal com o claro interesse de desvio de dinheiro público.

Além disso, e no meio de tal situação gravíssima para a saúde publica de qualquer nação, foi deflagrada uma guerra política contra o Presidente da Republica pelos seus desafetos visando pretensões políticas futuras, com apoio de parte da mídia. Esqueceram-se de que ele foi eleito pela maioria dos brasileiros em voto livre e a próxima eleição somente será em 2022. Há ainda a história das fakenews, do racismo, do uso das mascaras, das manifestações e assim por diante.

Mas essa é a nossa visão do retrovisor de nossas vidas. Já passou. A verdade é que estamos diante da nova realidade. Setores como a indústria automotiva, onde se incluem as autopeças, os processadores de aço, a indústria siderúrgica, e áreas como a do turismo, o setor do comércio, dos restaurantes e outros, foram duramente atingidos, mas terão de se reconstruir.

E o retorno? Como se dará?

Há uma nova ordem não só no Brasil, mas mundial. Muitas mudanças culturais aconteceram.  Tivemos acesso a uma pesquisa em que 70% dos entrevistados confirma que continuará fazendo suas compras on line, pois antigas barreiras foram derrubadas. O trabalho Home Office é uma nova realidade. Pelo menos 50% de empresários entrevistados disseram que pretendem reduzir os seus custos com instalações, mobiliários e apoio a funcionários, pois pode deixá-los em casa e alcançar a mesma produtividade. As reuniões virtuais cresceram mais de 2.500% nos meses de abril e maio. Prá que manter salas de reunião se dá para tratar de tudo via internet!

Você já pensou como será o seu novo normal?

NOSSA PARTICIPAÇÃO EM LIVE SOBRE A SIDERURGIA

Na ultima sexta feira, (12/06) fomos convidados e participamos da Live promovida pela revista Reciclagem Moderna e falamos sobre a Siderurgia Brasileira e Mundial.

Para ter acesso a integra da live acesse:

Henrique Patria

Henrique Patria

Editor-Chefe e Diretor de Jornalismo da Revista Siderurgia Brasil e do Anuário Brasileiro de Siderurgia.

Jornalista com mais de 30 anos de carreira, vencedor de diversos prêmios na categoria, Henrique Pátria é uma das figuras mais proeminentes no mercado da siderurgia nacional.

Aguardo seu comentário ou sugestão: henrique@grips.com.br